A vitória de Green Book nos Globos de Ouro

O diretor Peter Farrely afirma que a história do filme é uma “lição universal”

Nos momentos prévios à cerimônia dos Globos de Ouro, o diretor Peter Farrelly e sua equipe administraram como podiam a adrenalina e os nervos.

 Poucas horas depois, todos extravasaram alegria. O abraço unido do grupo que participou da criação de Green Book evidenciou que as expectativas tinham sido superadas.

 A emoção muito justificada, pois o longa sobre uma amizade interracial em meio do racismo dos anos 60 levou três estatuetas, e foi o grande vencedor da noite.

 Dois dos prêmios destacaram a obra como Melhor Filme - Musical ou Comédia e Melhor Roteiro Original. Já o terceiro ficou nas mãos de Mahershala Ali cuja interpretação do célebre músico de jazz Don Shirley lhe rendeu a estatueta de Melhor Ator Coadjuvante.

 A emoção dos protagonistas

“Tenho que agradecer a minha esposa, a minha mãe e minha avó. Agradeço-lhes também por suas orações. Precisei de todos. Paz”, disse o ator ao receber seu prêmio.

 Ali encarna o prestigioso pianista negro em meio das humilhações e perigos impostos pelas cruéis leis racistas da época.

 Já o diretor Farrelly, disse em seu discurso que a história sobre como este músico e seu motorista ítalo-americano (interpretado por outro grande astro Viggo Mortensen) superaram as diferenças raciais poderia oferecer uma “lição universal”.

 “Se eles puderam encontrar pontos em comum todos também podemos. Tudo o que temos que fazer é dialogar e não julgar as pessoas por suas diferenças”.

 Uma emocionante produção que acompanha dois homens muito diferentes, mas capazes de aceitar sua enorme humanidade compartida. A obra certamente se consolida como um desses filmes clássicos imperdíveis.

 

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