Invasão de extraterrestres é um tema clássico na história do cinema. No entanto, o complexo desafio está em apresentar uma história que dê outro enfoque para assim cativar a maior quantidade de espectadores. O diretor Rupert Wyatt tinha plena consciência disso, portanto aceitou a aposta e atreveu-se a ir além ao escrever A Rebelião (Captive State).
“Quero fazer um filme de ficção científica da maneira como Ken Loach faria”, e o realizador explode em gargalhadas. Loach se caracterizou por ter um estilo de realismo social e de temáticas socialistas ligados a sua militância política.
Além da invasão, parte desses elementos é levada em conta para apresentar as disputas internas entre os seres humanos. Há um grupo que incita à rebelião e outro que colabora com a causa (liderados por Ashton Sanders e John Goodman, respectivamente).
Da mesma forma, o diretor de Planeta dos Macacos - A Origem (Rise of the Planet of the Apes, 2011) dá um giro na história e a trama se situa 10 anos após a invasão dos alienígenas.
“Como poderia abordar este tema de forma mais intensa e continuar dentro do gênero? Para depois subvertê-lo em algo mais interessante”, comenta Wyatt. “Foi aí que pensei em fazer isto em um futuro próximo com uma ocupação que não fosse humana. É um desses aspectos pouco investigados das histórias de invasão extraterrestre”.