O dilema de interpretar um personagem contraditório
Roma, julho de 1973, um grupo de sequestradores leva o neto do empresário petroleiro mais rico do momento, J. Paul Getty. Quando os delinquentes ligam para pedir o resgate se deparam com uma resposta surpreendente: o milionário decide não pagar.
Pelo papel desse endinheirado sovina Christopher Plummer foi indicado recentemente ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante. Em diálogo com a imprensa, o ator de 88 anos opinou sobre o filme que dirige Ridley:
Palavras de Christopher Plummer
Plummer comentou a polêmica decisão que tomou o empresário: “Comparo-o com Timão de Atenas de Shakespeare. Getty também tem muitas coisas parecidas ao Rei Lear. Exceto que Lear finalmente aprendeu mais tarde. Parece que Getty não apreendeu nada”.
Neste sentido, o ator enfrentou o desafio de encontrar o tom justo para poder levar adiante o papel, “tentei em minha interpretação dar-lhe a maior cordialidade possível. Se o compusesse em termos de preto e branco, como um vilão, perderia o público”, afirmou.
Finalmente, sobre o impacto que o sequestro do neto de Getty ainda causa: “é uma história maravilhosa. E o público sempre adora boas histórias”, conclui.
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