Eleanora Fagan Gough, mais conhecida como Billie Holiday, nasceu em 7 de abril de 1915 na Filadélfia. Sua mãe, Sadie Fagan, tinha apenas treze anos quando ela nasceu, e seu pai, Clarence Holiday, que tinha quinze anos na época, era guitarrista e baixista de jazz. Quando Billie era muito jovem, seu pai a abandonou e sua mãe muitas vezes a deixava com parentes que não tinham uma reputação muito boa. Aos dez anos, ela foi enviada para uma escola católica depois de admitir que havia sofrido abusos, mas em 1927, mãe e filha partiram para New Jersey, onde Billie começou a trabalhar como prostituta.
Em 1930 ela já cantava em alguns clubes de Nova York, até que graças a Benny Goodman - líder da banda jazz - e John Hammond - produtor musical - ela teve sua estreia comercial com a música Your Mother's Son in Law. A partir daí, fez vários shows e até cantou com excelentes artistas, tornando-se uma das cantoras de black jazz com maior reputação. Em 1939 publicou sua canção Strange Fruit Against Lynching. Essa música deu a ela um lugar importante não só na música, mas também na história dos Estados Unidos.
No entanto, nem tudo que brilha é ouro, pois a cantora lutou toda sua vida contra as drogas, e muitos afirmam que seus sucessos e sua voz foram arruinados devido à sua crescente dependência. Chegou a cumprir oito meses de prisão por posse de entorpecentes. Foi na época revogada sua permissão para trabalhar em clubes de Nova York, e posteriormente foi vítima de uma fraude que a deixou praticamente falida. Em 1959, internou-se em um hospital devido a diversos problemas de saúde e foi condenada à prisão domiciliar, já que naquela época o vício em entorpecentes era crime. Billie Holiday morreu aos 44 anos de cirrose em 17 de julho de 1959.
Andra Day fará o papel dessa espetacular e polêmica cantora no filme The United States vs. Billie Holiday, dirigido por Lee Daniels. Embora ainda não tenha uma data confirmada para o lançamento do filme na América Latina, mais novidades são esperadas em breve, pois é provável que seja um título que dará muito que falar em relação ao Oscar e ao Globo de Ouro.
Vida longa ao jazz!
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